* notas:
- O FARANI CINCO TRÊS surgiu através da oficina orientada pelo poeta Chacal, na Biblioteca de Botafogo. Parceria da SMC RJ. Iniciada em Abril de 2011.
- O FARANI CINCO TRÊS surgiu através da oficina orientada pelo poeta Chacal, na Biblioteca de Botafogo. Parceria da SMC RJ. Iniciada em Abril de 2011.
- O Farani Cinco Tres participa do projeto FORA DE ÁREA, em parceria com a rede NORTE COMUM, e realização do SESC Rio! As oficinas de jogos poéticos do FORA DE ÁREA acontecem todas as quintas feiras, às 18h30. Na biblioteca do SESC TIJUCA. É de graça, é só chegar. Recomeça em abril de 2013. É só chegar!
- FARANIS livros!
- O próximo CEP20000 será na última semana do mês. No Espaço Sérgio Porto [Rua Humaitá, 163 / fundos – 2535 3846]. Sob a coordenação do poeta Chacal, poesia, música, cinema e muito mais. Só vendo, indo, vivendo. O FARANI CINCO TRES também está por lá!
- FARANIS livros!
#JOSE HENRIQUE CALAZANS relançou seu livro, em versão ampliada - com poemas novos: QUEM VAI LER ESSA MERDA? no Sarará, o sarau, que acontece no Spa Cultural PAz, no Catete, dia 12 de outubro - das crianças!
#ALICE SOUTO lançou seu fanzine POESIA AUTO-SUSTENTÁVEL, em versão bilingue, na FLIP2012 em Paraty.
#FELIZPE FRUTOSE lançou seu FRUTA AFRODISIACA (amostra grátis) no dia 23 de março de 2012! lançamento virtual já com mais de 500 visualizações! PARABÉNS, FELIZPE! Para ler, CLIQue aQui!
#FELIZPE FRUTOSE lançou seu FRUTA AFRODISIACA (amostra grátis) no dia 23 de março de 2012! lançamento virtual já com mais de 500 visualizações! PARABÉNS, FELIZPE! Para ler, CLIQue aQui!
#SILVIA CASTRO lançou o seu PRIMEIRO, em dezembro de 2011, também online. Quer ler? CliQue AQui!
#CESAR GOMES lançou também o seu Livro 22, em novembro de 2011, que pode ser lido AQui!
#ANA SCHLIMOVICH também lançou o seu ANAFENIX, em dezembro de 2011! poemas e fotos de las anas: AqUi!
#CESAR GOMES lançou também o seu Livro 22, em novembro de 2011, que pode ser lido AQui!
#ANA SCHLIMOVICH também lançou o seu ANAFENIX, em dezembro de 2011! poemas e fotos de las anas: AqUi!
quinta-feira, 30 de junho de 2011
PARA CHACAL E SUAS FARANÍSSIMAS E SEUS NÍSSIMOS
"Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total. Todos os sucedidos acontecendo, o sentir forte da gente - o que produz os ventos. Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura."
João Guimarães Rosa, 'Grande Sertão: Veredas'
João Guimarães Rosa, 'Grande Sertão: Veredas'
pova daquela rua,
estou muito pra lá de felissíssimo. a gente conseguiu formar um grupo e começar os trabalhos. o cep se fortaleceu com a atuação lusco-fusco-lanternosa do farani. estamos começando. o que eu temia - a falta de estimulation de minha parte pra vcs e vice versa - creio que foi vencida. a batalha é árduríssima para se injetar um tico de poesia nesse nosso dia a dia da produção da sobrevivença. mas pelos momentos cepeleza, pelos instantes surpreendentes na biblioteca, isso me faz ver claramente que a poesia vencerá e o mundo a seu modo levitará para estratosferas lucílimas, aníferas, gitânicas, felípiramidais, adorandômicas, paulíssimas, turibenhas, brunilongas, carolíngeas, thadeurísticas, alicinógenas, silvícolas, dorlyngolaringologísticas, livulmanísticas, gizelonovísticas, deborolânguidas, alicequesaiusística e outr@s q virãológico.
hoje 30 de junho tem uma saideira para férias físicas. recarregar baterias, esticar o couro. em vírtua, todo dia toda hora. agosto retomamos a biblioteca. não se percam da poesia. três versos por dia antes das refeições. poemas kodak. diário de acampamento. poesia é ler e escrever. o resto é socializar no cep, aqui onde for.
até já, chacalov.
estou muito pra lá de felissíssimo. a gente conseguiu formar um grupo e começar os trabalhos. o cep se fortaleceu com a atuação lusco-fusco-lanternosa do farani. estamos começando. o que eu temia - a falta de estimulation de minha parte pra vcs e vice versa - creio que foi vencida. a batalha é árduríssima para se injetar um tico de poesia nesse nosso dia a dia da produção da sobrevivença. mas pelos momentos cepeleza, pelos instantes surpreendentes na biblioteca, isso me faz ver claramente que a poesia vencerá e o mundo a seu modo levitará para estratosferas lucílimas, aníferas, gitânicas, felípiramidais, adorandômicas, paulíssimas, turibenhas, brunilongas, carolíngeas, thadeurísticas, alicinógenas, silvícolas, dorlyngolaringologísticas, livulmanísticas, gizelonovísticas, deborolânguidas, alicequesaiusística e outr@s q virãológico.
hoje 30 de junho tem uma saideira para férias físicas. recarregar baterias, esticar o couro. em vírtua, todo dia toda hora. agosto retomamos a biblioteca. não se percam da poesia. três versos por dia antes das refeições. poemas kodak. diário de acampamento. poesia é ler e escrever. o resto é socializar no cep, aqui onde for.
até já, chacalov.
terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
NEURASTÊNICO DE JACAREPAGUÁ
Para ouvir a música, entre com o título no google
Neurastênico
Ronnie Cord
Composição: Betinho / Nazareno de Brito
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Mas que nervoso estou
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Sou neurastênico
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Preciso me tratar,
senão eu vou prá Jacarepaguá
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Mas que nervo sou estou
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Sou neurastênico
Preciso me casar,
senão eu vou prá Jacarepaguá
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Mas que nervoso estou
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Tou Neurastênico
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Preciso me casar,
senão eu vou pra Jacarepaguá
Tão amoroso sou, quem já provou gostou
Preciso me casar, senão eu vou prá Jacarepaguá
Eu sei que elas me querem, mas é para casar
Eu digo que me esperem porque depois da festa
HÁ HÁ TÁ TÁ!!!
Neurastênico
Ronnie Cord
Composição: Betinho / Nazareno de Brito
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Mas que nervoso estou
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Sou neurastênico
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Preciso me tratar,
senão eu vou prá Jacarepaguá
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Mas que nervo sou estou
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Sou neurastênico
Preciso me casar,
senão eu vou prá Jacarepaguá
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Mas que nervoso estou
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Tou Neurastênico
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Preciso me casar,
senão eu vou pra Jacarepaguá
Tão amoroso sou, quem já provou gostou
Preciso me casar, senão eu vou prá Jacarepaguá
Eu sei que elas me querem, mas é para casar
Eu digo que me esperem porque depois da festa
HÁ HÁ TÁ TÁ!!!
Soltas - N. 1 ( Dedicado ao amigo Luis Turiba )
Pufe em sala vazia .
Janelas fechadas(homens há muito Extintos) ,
tapete(disfarçadamente)
persa . Livrerso aberto no pufe ,
onde tem versos que engolem ostras
e metem língua no Lula .
Caetano sente a preguiça ,
quem lê notícia em dezembro ?
Moças de bronze nuas
nunca mais foram na escola .
Bispo do Rosário arremata :
" O obelisco da av. rio branco não é mourão
de amarrar cavalo ! "
Boca bonita , todo um riacho mais doce :
____Morrerei de sede .
Janelas fechadas(homens há muito Extintos) ,
tapete(disfarçadamente)
persa . Livrerso aberto no pufe ,
onde tem versos que engolem ostras
e metem língua no Lula .
Caetano sente a preguiça ,
quem lê notícia em dezembro ?
Moças de bronze nuas
nunca mais foram na escola .
Bispo do Rosário arremata :
" O obelisco da av. rio branco não é mourão
de amarrar cavalo ! "
Boca bonita , todo um riacho mais doce :
____Morrerei de sede .
Poemeto(Sobre o poema "Endereço das cinco marias",do livro "Poemas",de Murilo Mendes)
Era uma vez meus senhores
sujeito de Juiz de Fora :
Gastara parte da vida
ranchando-se em quase Nada ,
gostando
cinco marias .
Perdeu primeira pro exército ,
e outra
pro Beleléu .
As três marias restantes
esperam próximo incauto :
Olhando de lá do céu .
sujeito de Juiz de Fora :
Gastara parte da vida
ranchando-se em quase Nada ,
gostando
cinco marias .
Perdeu primeira pro exército ,
e outra
pro Beleléu .
As três marias restantes
esperam próximo incauto :
Olhando de lá do céu .
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Soneto Inglês N. 3
E ascende Cerne o Sentido
em forma e pulso de Tempo .
No raso morto a caatinga
contando vida que a morte
anda levando , Ocupada .
Mas quando chuva Aparece
rosto do povo chora
de alívio , Verde alegria :
Meu padim Ciço lá em cima
olhou pra gente nóis Tudo
os home os bicho o plantado
que vida 'garra de Novo____
Recende então Refazenda
chuvada amiga , Malunga .
em forma e pulso de Tempo .
No raso morto a caatinga
contando vida que a morte
anda levando , Ocupada .
Mas quando chuva Aparece
rosto do povo chora
de alívio , Verde alegria :
Meu padim Ciço lá em cima
olhou pra gente nóis Tudo
os home os bicho o plantado
que vida 'garra de Novo____
Recende então Refazenda
chuvada amiga , Malunga .
Mindincanto N.1
I
No horto do parque Guinle .
O nome que batiza um morro ali perto
era o de um padre , eu soube foi vigário
no Encantado -- tempo em que no Andaraí
Dom-Dom jogava ...
II
Algodoando , sen - tido !!
Era o colégio(!)um pratim
primeira série os feijões
zanzando num cazumbó :
Eu mestre no Fuzuê
pra bem depois nota três______
era o primário e a teteca
titia tããão malamada .....
____Só dava zebra meu bicho .
No horto do parque Guinle .
O nome que batiza um morro ali perto
era o de um padre , eu soube foi vigário
no Encantado -- tempo em que no Andaraí
Dom-Dom jogava ...
II
Algodoando , sen - tido !!
Era o colégio(!)um pratim
primeira série os feijões
zanzando num cazumbó :
Eu mestre no Fuzuê
pra bem depois nota três______
era o primário e a teteca
titia tããão malamada .....
____Só dava zebra meu bicho .
quinta-feira, 23 de junho de 2011
do porto a central
...e todo esse casario
dessa vila esquecida
e essas calçadas rotas
para essa gente à margem.
essas fraturas expostas
fios nervosos
embaralhados
veias trombóticas
hemorróidas nesse
cu de mundo.
lixo em ribeiras
de esgoto,
às margens da margem,
além da periferia,
dentro e intruso.
ao som do medo
no balanço do caos,
fluxo inverso,
na contra mão
contra vontade.
e há o cheiro
de abandono -
porque ele fede
e é feio,
é triste,
e é vergonhoso,
e é caótico
sem criação,
e é formigueiro
sem a inteligência
das formigas,
e é escuro
com sol a pino,
e denso
sob a luz
e a indiferença
da cidade.
essas margens
não gritam,
estão doentes,
gangrenam
pelas bordas
a cidade,
silenciosamente.
dessa vila esquecida
e essas calçadas rotas
para essa gente à margem.
essas fraturas expostas
fios nervosos
embaralhados
veias trombóticas
hemorróidas nesse
cu de mundo.
lixo em ribeiras
de esgoto,
às margens da margem,
além da periferia,
dentro e intruso.
ao som do medo
no balanço do caos,
fluxo inverso,
na contra mão
contra vontade.
e há o cheiro
de abandono -
porque ele fede
e é feio,
é triste,
e é vergonhoso,
e é caótico
sem criação,
e é formigueiro
sem a inteligência
das formigas,
e é escuro
com sol a pino,
e denso
sob a luz
e a indiferença
da cidade.
essas margens
não gritam,
estão doentes,
gangrenam
pelas bordas
a cidade,
silenciosamente.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Configurama
Eu existo para assistir
ao nascimento da poesia
nas profundezas do Homem .
Colher no peito das árvores
a seiva amiga das palavras ,
andar no firmamento dos pássaros
onde os primeiros Três
plantaram a volta do pródigo .
No limiar das Esferas
sorver o orvalho dos pianos
enquanto à espera da musa______
que me trará sobre o colo
o retrato de meu filho
e o fim de todos os Séculos
no alto do corcovado .
ao nascimento da poesia
nas profundezas do Homem .
Colher no peito das árvores
a seiva amiga das palavras ,
andar no firmamento dos pássaros
onde os primeiros Três
plantaram a volta do pródigo .
No limiar das Esferas
sorver o orvalho dos pianos
enquanto à espera da musa______
que me trará sobre o colo
o retrato de meu filho
e o fim de todos os Séculos
no alto do corcovado .
segunda-feira, 20 de junho de 2011
poema Kodak 3
O tapete da sala
não voa
mas fala.
Com suas muitas
línguas de linha,
recria memórias
minhas
territórios de alegria e dor
proximidades distantes,
espaços preciosos de fuga...
sob os pés, sem tamanho,
o chão é frio e quente
na trama,
o fio é feito de nós
mapa vivo
sobre vivo.
não voa
mas fala.
Com suas muitas
línguas de linha,
recria memórias
minhas
territórios de alegria e dor
proximidades distantes,
espaços preciosos de fuga...
sob os pés, sem tamanho,
o chão é frio e quente
na trama,
o fio é feito de nós
mapa vivo
sobre vivo.
domingo, 19 de junho de 2011
a poesia que tou devendo - neologema
PLURIVOCIFERATRIZ
SILÊNCIAUDAZ
SUMISMO SOLSTISICIOSO
ROUQUIDEIRICE
DENTRENTRANHA SOLAPADA
SORDISOLSAIO
OBSCURESSÊNCIA SÓBRIA
VENDAVELADA
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Na medida
àquela caneca que me servia
Tododia
Tododia
ela se enchia
do café amargo
que respigava no papel
Enchia-se
de mate para acelerar
erva doce para acalmar
água para diluir
até mesmo chocolate
em barra
com guaraná
em pó
e café
com leite
sei lá por quê
não fique vazia
não fique vazia
lembre-se
às segundas-feiras
em horário comercial
é proibido se encher de ar
tánahora ar
tánahora ar
...
Queria mesmo era se encher de uísque
sem que ninguém pressentisse
aquela bebida etílica
a fazer redemoinhos
e correntezas acorrentadas
sobre a mesa do escritório
Ela se enchia
Ela se enchia
(É proibido transbordar)
Ela se enchia
Ela se enchia
tanto que
numa manhã chuvosa
sem poder partir
partiu-se
Tododia
Tododia
ela se enchia
do café amargo
que respigava no papel
Enchia-se
de mate para acelerar
erva doce para acalmar
água para diluir
até mesmo chocolate
em barra
com guaraná
em pó
e café
com leite
sei lá por quê
não fique vazia
não fique vazia
lembre-se
às segundas-feiras
em horário comercial
é proibido se encher de ar
tánahora ar
tánahora ar
...
Queria mesmo era se encher de uísque
sem que ninguém pressentisse
aquela bebida etílica
a fazer redemoinhos
e correntezas acorrentadas
sobre a mesa do escritório
Ela se enchia
Ela se enchia
(É proibido transbordar)
Ela se enchia
Ela se enchia
tanto que
numa manhã chuvosa
sem poder partir
partiu-se
Cadeira
estafado
estofado
marcado
pelas costas o caminho
da coluna cervical
nada mal
para que pés
joelho e braço
dobrem sobre o aço
e formem com ela
um esquema parado
jogado
acomodado
encostado
assiste...
não é na cama que se dorme acordado
é quando se rouba o sinal da televisão
estofado
marcado
pelas costas o caminho
da coluna cervical
nada mal
para que pés
joelho e braço
dobrem sobre o aço
e formem com ela
um esquema parado
jogado
acomodado
encostado
assiste...
não é na cama que se dorme acordado
é quando se rouba o sinal da televisão
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Manual de instruções
Fechado, um tijolo de pedra.
Aberto, um leque de páginas.
Papel, papel, papel em peso
sobre papel de papel, papelão,
um livro:
convite robusto ao pingo nos is
ou à floresta negra das virgens letras,
desbravada - sem - a força de um Machado?
Preto no branco, notas eruditas de rodapé,
manual de partitura, amarelinha pra bola-de-gude,
os olhos:
ambiciosos, rolam as centenas de folhas numeradas,
salivando a mais gloriosa firma - a pirotecnia da visão:
radiantes microondas invisíveis que se espalham, uh!
(Esses raios obscuros saem da massa cinzenta
do papel ou da cabeça de leitura?)
- Cuidado, amigo!
Janelas retangulares de face (o)culta recairão sobre a contracapa, fatais.
"Versus" inevitáveis, mas não se preocupe.
Tem fogo? Vai um cigarrinho?
Há pedra, papel... tesoura...
E ontem, hoje e amanhã, os olhos escolhem o melhor: papel, papel, papel!
Todos assinados pelo
Excelentíssimo Sr. Pronome Pessoal do Caso Reto
Isso basta.
Restaurante PRIMAVERA
O garçom
Com seu terno cor-de-rosa-chá
Oferece uma xícara-de-chá
Para uma ‘madamme’
Que usa
Um chapéu com rosas-rosas e rendas
No chá
A cor é de rosa-vermelha
No garçom
A pele é cor de rosa-negra
Na ‘madamme’
Além da pele cor de rosa-branca
Há duas pupilas dilatadas
E um olhar
Cor-de-discriminação
Com seu terno cor-de-rosa-chá
Oferece uma xícara-de-chá
Para uma ‘madamme’
Que usa
Um chapéu com rosas-rosas e rendas
No chá
A cor é de rosa-vermelha
No garçom
A pele é cor de rosa-negra
Na ‘madamme’
Além da pele cor de rosa-branca
Há duas pupilas dilatadas
E um olhar
Cor-de-discriminação
Árvore Bonecológica
Impávido como Bin Laden
na hora do tiro fatídico
o vendedor de bonecos
ventila em ares tranquilos
seus inventivos ventríloquos
mantendo a espinha ereta
coraçâo que bate em quilo
testa de paralelepípedo
cabelos de espiga de milho
olhar brilhos em vítreo
(bonecos se movimentam)
No ir e vir da calçada
expõe ele a familhada
primo irmão avô ou neto
quem sabe, o tio canhestro
de bonecos como o próprio
palhaços ecos pinóquios
de panos pau cordas trecos
peças tão humanológicas
armadas naquele circo
de bonecos como o mestre
e seus ecos ecos ecos
de uma esquina do Catete
de uma árvore bonecológica
de um vendedor de bonecos
e seus ecos ecos ecos
que se não sem repetecos
ecos ecos ecos ecos ecos
até o eterno silêncio
na hora do tiro fatídico
o vendedor de bonecos
ventila em ares tranquilos
seus inventivos ventríloquos
mantendo a espinha ereta
coraçâo que bate em quilo
testa de paralelepípedo
cabelos de espiga de milho
olhar brilhos em vítreo
(bonecos se movimentam)
No ir e vir da calçada
expõe ele a familhada
primo irmão avô ou neto
quem sabe, o tio canhestro
de bonecos como o próprio
palhaços ecos pinóquios
de panos pau cordas trecos
peças tão humanológicas
armadas naquele circo
de bonecos como o mestre
e seus ecos ecos ecos
de uma esquina do Catete
de uma árvore bonecológica
de um vendedor de bonecos
e seus ecos ecos ecos
que se não sem repetecos
ecos ecos ecos ecos ecos
até o eterno silêncio
Brinquedo
poema kodak 2
Lá esta ele,
no canto da sala
da minha lembrança
ao lado do longo sofá marron
vizinho de tantos quadros
diversos formatos e tamanhos...
Aceso e altivo com um farol no mar
papiro amarelo
marcas na cúpula
luz quente
de lar.
no canto da sala
da minha lembrança
ao lado do longo sofá marron
vizinho de tantos quadros
diversos formatos e tamanhos...
Aceso e altivo com um farol no mar
papiro amarelo
marcas na cúpula
luz quente
de lar.
poema kodak 1
Liteira de lese
conduz o ar..
Planos que se abrem
e unidos se articulam..
feminino, o leque
veste-se como quer..
fitas e sândalo,
madriperola, pano
plumas, papel..
dobradura dócil
encobre e revela..
feminino, o leque
sabe as linhas com que cose
alfaia filigranada
hálito de vento... move o ar.
conduz o ar..
Planos que se abrem
e unidos se articulam..
feminino, o leque
veste-se como quer..
fitas e sândalo,
madriperola, pano
plumas, papel..
dobradura dócil
encobre e revela..
feminino, o leque
sabe as linhas com que cose
alfaia filigranada
hálito de vento... move o ar.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Sobre Poesia
E. M. DE MELO E CASTRO, poeta português
"(...)A poesia não é agora mais instrumento, nem retórico nem ideológico nem moral. A poesia, por outro lado, não é mais sentimento nem sentimentalismo. A poesia não narra, não serve, nem é mais discursiva. A poesia substantiva-se. É uma operação linguística que tem como meio a escrita e como objectivo a sua própria renovação." Melo e Castro 1980.
.
"(...)A poesia não é agora mais instrumento, nem retórico nem ideológico nem moral. A poesia, por outro lado, não é mais sentimento nem sentimentalismo. A poesia não narra, não serve, nem é mais discursiva. A poesia substantiva-se. É uma operação linguística que tem como meio a escrita e como objectivo a sua própria renovação." Melo e Castro 1980.
.
terça-feira, 14 de junho de 2011
A espera 3
A árvore do larquinho
da Rua Pedro Américo
é tombada
pelo patrimônio
e pelo patrocínio
O patrocínio
prega-lhe pregos
O patrimônio
peças.
da Rua Pedro Américo
é tombada
pelo patrimônio
e pelo patrocínio
O patrocínio
prega-lhe pregos
O patrimônio
peças.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Visões de São Mármaro - III
(Dedicado a todos os soldados, cabos, sargentos, oficiais e familiares do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro em sua luta mais que Justa)
... dias - Chão,
odores - Sombra
essas esquinas que Visto, há muito
se acabaram os homens,
terra é mesmo uns Umbrais
de serafins dançando as horas Erradas______
Que era guerra nas ruas
faltaram fogo e comida
ninguém nisso
não pôs reparo
Nenhum.
Ah, Povo !!!
Hoje itabira sem Ferro, ora entupindo
os trens da malha surrada ,
as macas do miguel couto
Onde cantou Malazarte
hoje chacoalham josés:
Navalhas aposentadas,
restando pelos telhados
fuligem de flautas doces_____
Soluçam kyries
sobre adalgisas de mármore.
... dias - Chão,
odores - Sombra
essas esquinas que Visto, há muito
se acabaram os homens,
terra é mesmo uns Umbrais
de serafins dançando as horas Erradas______
Que era guerra nas ruas
faltaram fogo e comida
ninguém nisso
não pôs reparo
Nenhum.
Ah, Povo !!!
Hoje itabira sem Ferro, ora entupindo
os trens da malha surrada ,
as macas do miguel couto
Onde cantou Malazarte
hoje chacoalham josés:
Navalhas aposentadas,
restando pelos telhados
fuligem de flautas doces_____
Soluçam kyries
sobre adalgisas de mármore.
domingo, 12 de junho de 2011
Luta Corporal (À minha irmã, Laura Pires )
Então espírito dos Três
pairando à face das águas
nos terraços do mundo.
Formas futuras se movendo
entre aguaçais e sonhários
corpos de formas - Alga,
mulheres evas
de seios e ancas de bronze.
A sombra a noite o século passado
perguntam pelos jardins
onde três anjos caídos
plantavam dálias na cabeça do homem.
Os cantos virgens do mundo
morreram nos cogumelos
levando flores, poetas,
os sonhos do Hóspede.
A esfera azul
verá seu tempo de Cólera:
Então não fujam no inverno,
não se escondam nos sábados_____
Mundo andando em Deserto
na memória de Deus.
pairando à face das águas
nos terraços do mundo.
Formas futuras se movendo
entre aguaçais e sonhários
corpos de formas - Alga,
mulheres evas
de seios e ancas de bronze.
A sombra a noite o século passado
perguntam pelos jardins
onde três anjos caídos
plantavam dálias na cabeça do homem.
Os cantos virgens do mundo
morreram nos cogumelos
levando flores, poetas,
os sonhos do Hóspede.
A esfera azul
verá seu tempo de Cólera:
Então não fujam no inverno,
não se escondam nos sábados_____
Mundo andando em Deserto
na memória de Deus.
Plantão
Num ponto do Mato Alto
o posto do tigre.
Madrugada levantou faz pouco,
sacode um gosto de café
na boca sem lavar.
No posto o poeta não dorme,
atento à bebedeira dos carros.
Gerontion remexe doido
qualquer coisa dentro,
e lembro um tempo futuro
se erguendo na voz do pássaro.
Morte virá depois
cobrar minhas partes inferiores,
então devolverei meus sentidos
e não haverá mais Tempo.
o posto do tigre.
Madrugada levantou faz pouco,
sacode um gosto de café
na boca sem lavar.
No posto o poeta não dorme,
atento à bebedeira dos carros.
Gerontion remexe doido
qualquer coisa dentro,
e lembro um tempo futuro
se erguendo na voz do pássaro.
Morte virá depois
cobrar minhas partes inferiores,
então devolverei meus sentidos
e não haverá mais Tempo.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
“DOIS OBJETOS!”
Vocês estão vendo dois objetos!
O primeiro objeto:
Sou eu!
Um corpo vivo
De um metro e setenta
Setenta quilos
Inútil!
Que hoje em dia
Não usa
Nem a cabeça de cima
Nem a cabeça de...
E o segundo objeto:
É esse colchão-de-solteiro!
Branca
Deitável
Confortável
Preenchida
Com mola
E espuma
E forrada
Com tecido
Estampado
Com um
Coração (solitário)
No meio.
Coração (solitário)
No meio.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
quinta, 9 de junho
povo, levar o objeto q irão apresentar no cep, dia 29. pode ser foto, quadro, lkivro, camisa, sapato, etc etc preparem um texto com a descriçao do objeto (poema kodak) ou uma história em q o objeto apareça. txt curto. não mais q 1 minuto. cronometrem p/ perceber q um minuto em poesia é algo de bom tamanho. parto agora p/ bh e quinta nos vemos lá. bjos.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Xadrezinho
Vermelho e Branco
Frutinha, suquinho, pãozinho, goiabada cascão
Ela e Ele
O Vento
Sopra formigas saúvas por sobre as coisas
O Sol
Pinta a pele, deixa tudo quente
O olhar deles é mais doce do que cuca de banana
E
S
T
A
M
P
I
D
O
O Xadrez se tinge de vermelho depois que Ela tomba
As árvores, o céu, os passos, as cutias emudecem naquele sábado
Em pleno Campo de Santana
Amanhã sai no jornal
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