* notas:
- O FARANI CINCO TRÊS surgiu através da oficina orientada pelo poeta Chacal, na Biblioteca de Botafogo. Parceria da SMC RJ. Iniciada em Abril de 2011.
- O FARANI CINCO TRÊS surgiu através da oficina orientada pelo poeta Chacal, na Biblioteca de Botafogo. Parceria da SMC RJ. Iniciada em Abril de 2011.
- O Farani Cinco Tres participa do projeto FORA DE ÁREA, em parceria com a rede NORTE COMUM, e realização do SESC Rio! As oficinas de jogos poéticos do FORA DE ÁREA acontecem todas as quintas feiras, às 18h30. Na biblioteca do SESC TIJUCA. É de graça, é só chegar. Recomeça em abril de 2013. É só chegar!
- FARANIS livros!
- O próximo CEP20000 será na última semana do mês. No Espaço Sérgio Porto [Rua Humaitá, 163 / fundos – 2535 3846]. Sob a coordenação do poeta Chacal, poesia, música, cinema e muito mais. Só vendo, indo, vivendo. O FARANI CINCO TRES também está por lá!
- FARANIS livros!
#JOSE HENRIQUE CALAZANS relançou seu livro, em versão ampliada - com poemas novos: QUEM VAI LER ESSA MERDA? no Sarará, o sarau, que acontece no Spa Cultural PAz, no Catete, dia 12 de outubro - das crianças!
#ALICE SOUTO lançou seu fanzine POESIA AUTO-SUSTENTÁVEL, em versão bilingue, na FLIP2012 em Paraty.
#FELIZPE FRUTOSE lançou seu FRUTA AFRODISIACA (amostra grátis) no dia 23 de março de 2012! lançamento virtual já com mais de 500 visualizações! PARABÉNS, FELIZPE! Para ler, CLIQue aQui!
#FELIZPE FRUTOSE lançou seu FRUTA AFRODISIACA (amostra grátis) no dia 23 de março de 2012! lançamento virtual já com mais de 500 visualizações! PARABÉNS, FELIZPE! Para ler, CLIQue aQui!
#SILVIA CASTRO lançou o seu PRIMEIRO, em dezembro de 2011, também online. Quer ler? CliQue AQui!
#CESAR GOMES lançou também o seu Livro 22, em novembro de 2011, que pode ser lido AQui!
#ANA SCHLIMOVICH também lançou o seu ANAFENIX, em dezembro de 2011! poemas e fotos de las anas: AqUi!
#CESAR GOMES lançou também o seu Livro 22, em novembro de 2011, que pode ser lido AQui!
#ANA SCHLIMOVICH também lançou o seu ANAFENIX, em dezembro de 2011! poemas e fotos de las anas: AqUi!
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
No INTERFERÊNCIA Fora de Área, o FARANI 53 PRESENTE!
O Farani compareceu no palco e platéia! Luis Turiba, Caró Lago, José Henrique Calazans, com Alice Souto, Bruno Borja, Lucia Helena Ramos também na produção. Foi bonita a festa! Em setembro tem mais! No Sesc Tijuca! Toda quinta, às 18h, tem oficina de jogos poéticos. De grátis! Vamos poemar?
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Projeto Conto a Conto: FORA DE ÁREA FAZ HOMENAGEM À POESIA FEMININA BRASI...
Projeto Conto a Conto: FORA DE ÁREA FAZ HOMENAGEM À POESIA FEMININA BRASI...: Gilka Machado, Adélia Prado, Cecilia Meireles, Cora Coralina são algumas das poetas homenageadas na festa da poesia que o projeto FORA DE ...
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
você até que bebia pouco para suas ideias avançadas
você deveria ter escolhido
entre ouvir melhor a nova
música do mato seco ou ficar
na rede cantarolando sem se cansar
um forró do raiz do sana, então:
ao conceder a si próprio o desfecho
de seus sonhos em garanhus (um
feixe de luz, toda a cinestesia)
teve por motivo
uma preguiça daquelas de
jangada que vai
[hoje a companhia asfáltica
inaugurará mais uma pavimentação
de rio]
um bar aqui perto toca
músicas do cartola, aqui perto,
perto do cariri e do recôncavo,
ao lado de ouro preto,
(a floresta da tijuca está espremida,
sabe lá onde é?)
você devia ter escolhido
algo mais possível e agora
o cansaço sucumbe as visões
abstratas das partes de realidade
(extrato de coisas que saíram
pelo incontrolável desejo de ir:
até doer demais o papel com
as instruções do ônibus da volta)
entre ouvir melhor a nova
música do mato seco ou ficar
na rede cantarolando sem se cansar
um forró do raiz do sana, então:
ao conceder a si próprio o desfecho
de seus sonhos em garanhus (um
feixe de luz, toda a cinestesia)
teve por motivo
uma preguiça daquelas de
jangada que vai
[hoje a companhia asfáltica
inaugurará mais uma pavimentação
de rio]
um bar aqui perto toca
músicas do cartola, aqui perto,
perto do cariri e do recôncavo,
ao lado de ouro preto,
(a floresta da tijuca está espremida,
sabe lá onde é?)
você devia ter escolhido
algo mais possível e agora
o cansaço sucumbe as visões
abstratas das partes de realidade
(extrato de coisas que saíram
pelo incontrolável desejo de ir:
até doer demais o papel com
as instruções do ônibus da volta)
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
As Naus
me faz Humano . Assim querência
desque foi Côco o guariba ,
descendo os degraus das árvores
pra ser Pai Grande em terras do sem - Fim .
O que não tenho e desejo
me fez cabinda e Jaci , por isso o Mar
onde os abismos e a surpresa de não ver o Fim ,
novas partidas onde pensara Porto ,
tesouro , corte , Destino
O que desejo , não tendo à volta do umbigo
levou meus pés das savanas
para os terreiros de senhor e escravo ,
onde mortalha era o motor das giras
em muitas noites Escuras , as sobras
sendo vencidas no tapa
entre meu filho e os abutres
Houveram tardes manhãs
no sexto dia prolongado ao extremo
os querubins cantando o que depois
se tornaria História
num fado lógico :
O que não tinha e Queria
levou meus pés da porta das cavernas
à direção das Estrelas , onde possível meu Fim
tão fáceis , e tentadores os oboés das sereias
desses abismos , terras do sem - Fim .
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Em Jacarepaguá .... (Para o amigo Luis Turiba)
As nuvens
cabindas baixas
Burbururéu de cem trombones rombudos
no mei ' da tarde
dezembro Moço, quentário (quase 40)
vento
mexe o cabelo das árvores
num despenteio arrupio____
Vem ela chuva e só resta
a gente se engrupiar num braçado
embaixo dum ponto de ônibus :
Geremário olha a chuva naquele blasê dos fantasmas ,
o nome em todas as placas
Vem ela chuva mais Tãããããão
em cima a trombonada enlouquece ,
fósforo Elétrico pelo céu Tudo
eu tranço no cocuruto
nem sei por causo de quê melodia
dum tempo - Longe minino_____
Porto Alegre , Tchau .
Burbururéu de cem trombones rombudos
no mei ' da tarde
dezembro Moço, quentário (quase 40)
vento
mexe o cabelo das árvores
num despenteio arrupio____
Vem ela chuva e só resta
a gente se engrupiar num braçado
embaixo dum ponto de ônibus :
Geremário olha a chuva naquele blasê dos fantasmas ,
o nome em todas as placas
Vem ela chuva mais Tãããããão
em cima a trombonada enlouquece ,
fósforo Elétrico pelo céu Tudo
eu tranço no cocuruto
nem sei por causo de quê melodia
dum tempo - Longe minino_____
Porto Alegre , Tchau .
Soneto Inglês, n. 37 (Para minha irmã Laura Pires)
Pensando o mundo - Corno que a gente 'guenta :
Vida Avara mais vara de marmelêro ,
A noite anda estrompando as quebradas ,
mais Vasta , num fausto de Mefistófele ,
espelhos : Onde as portas fechadas
derrancam todas as saídas de incêndio
num forrobó Diabolô : De empós caraça
em bafo quente dos Quintos
sem reza braba que Chegue , nem pajelança
que desescreva a tara das Não - pessoas
cada vez mais guampando piche e petróleo
onde eram lápis de cor , Aquarelas____
nas Cinco Salas da gente uns arrupio de choro ,
noiteira - Açu , Camará .
A noite anda estrompando as quebradas ,
mais Vasta , num fausto de Mefistófele ,
espelhos : Onde as portas fechadas
derrancam todas as saídas de incêndio
num forrobó Diabolô : De empós caraça
em bafo quente dos Quintos
sem reza braba que Chegue , nem pajelança
que desescreva a tara das Não - pessoas
cada vez mais guampando piche e petróleo
onde eram lápis de cor , Aquarelas____
nas Cinco Salas da gente uns arrupio de choro ,
noiteira - Açu , Camará .
sábado, 1 de dezembro de 2012
Soneto Inglês , n. 32
Decâmero o coração
de mais razões num Segundo :
de mais razões num Segundo :
Preparo um Canto____ as marés ,
filhas da lua .
Então que no terraço do mundo
a lampadosa do Encanto :
Formas dormindo , cubos verdes
no ventre de moças - Aves .
Os homens soltos no espaço
andando toda a Memória
são muitas ruas , países ,
depois talvez haja Sono :
De mesmo um bom desenredo
nas antesalas do Tempo .
filhas da lua .
Então que no terraço do mundo
a lampadosa do Encanto :
Formas dormindo , cubos verdes
no ventre de moças - Aves .
Os homens soltos no espaço
andando toda a Memória
são muitas ruas , países ,
depois talvez haja Sono :
De mesmo um bom desenredo
nas antesalas do Tempo .
Soneto Inglês , n. 35
Renasço da estrada Antiga
onde na velha estância
aguardo os magos chegarem
do longe mais Oriente
para adorarem o Hóspede
inda menino , brumária curva ,
os mil cantares do homem
nunca mais chão de Inocência
nas pedras lá de Congonhas ,
onde me espreito no Antônio
e seus cinzéis - Escribantos
pra de outra vez Recontança :
A estrada antiga onde Tudo
foi nova história Nascida .
aguardo os magos chegarem
do longe mais Oriente
para adorarem o Hóspede
inda menino , brumária curva ,
os mil cantares do homem
nunca mais chão de Inocência
nas pedras lá de Congonhas ,
onde me espreito no Antônio
e seus cinzéis - Escribantos
pra de outra vez Recontança :
A estrada antiga onde Tudo
foi nova história Nascida .
Soneto Inglês , n. 36( Hermético )
Um súbito rumor resvala Prólogo às carnes ,
em corda vaga e nela a Noite
às orfandades mais Fala , escada Falsa ,
Gira de tempestade já nas Portas .
A chuva que me Espaça faz delas tardes
um Credo , onde escapes impensáveis
mais arfantes Aparecem , súmula e Foz
do Invério onde em Revés a cor .
Pensei nuns sonos mais Fáceis ,
que fossem rosto onde os prelúdios
estendessem Forças e no cais
fulgisse um som de sol Restante_____
Onde manhãs bem longe das Tardes
setembro Inteiro pelos olhos Todos ....
( Primeira versão deste soneto foi escrita na tarde de 20 de agosto de 2006 , um domingo , no bairro de Olaria ,
num bar perto do restaurante Rainha das Cinco Bocas . Fazia sol , mas antes das 16 horas o tempo
fechou e um temporal entrou de sola ali nas quebradas . Eu lembro que estava tomando uns chopes enquanto escrevia . Este é meu primeiro soneto "válido" .)
em corda vaga e nela a Noite
às orfandades mais Fala , escada Falsa ,
Gira de tempestade já nas Portas .
A chuva que me Espaça faz delas tardes
um Credo , onde escapes impensáveis
mais arfantes Aparecem , súmula e Foz
do Invério onde em Revés a cor .
Pensei nuns sonos mais Fáceis ,
que fossem rosto onde os prelúdios
estendessem Forças e no cais
fulgisse um som de sol Restante_____
Onde manhãs bem longe das Tardes
setembro Inteiro pelos olhos Todos ....
( Primeira versão deste soneto foi escrita na tarde de 20 de agosto de 2006 , um domingo , no bairro de Olaria ,
num bar perto do restaurante Rainha das Cinco Bocas . Fazia sol , mas antes das 16 horas o tempo
fechou e um temporal entrou de sola ali nas quebradas . Eu lembro que estava tomando uns chopes enquanto escrevia . Este é meu primeiro soneto "válido" .)
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Mazelefrência( Soneto Inglês , n. 23 )
Eu vejo um mundo Caduco ,
onde hominídeos estranhos
banzura de Esquisitância
e festa Bêsta de ossanha____
Vaiaram no Circo Voador
o Prometeu que lhes tocara Fogo ,
desnecessária a lembrança :
Lá dentro andam faltando as Asas ....
Jumência que vai mais Longe :
A rosa que deu no asfalto
morreu nos anos faz - Muito ,
gastura de nunca Mais_____
é Torta a reta de agora ,
socorro meus Zabelês .
onde hominídeos estranhos
banzura de Esquisitância
e festa Bêsta de ossanha____
Vaiaram no Circo Voador
o Prometeu que lhes tocara Fogo ,
desnecessária a lembrança :
Lá dentro andam faltando as Asas ....
Jumência que vai mais Longe :
A rosa que deu no asfalto
morreu nos anos faz - Muito ,
gastura de nunca Mais_____
é Torta a reta de agora ,
socorro meus Zabelês .
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Soneto Inglês , n. 17
Cortinas descerram cântaros
pelo planeta - Navio .
Noite estende lençóis ,
desliga a máquina do braço .
Anjos cubistas dançam
pelas esquinas do quarto ,
encontro olhos e ouvidos
de terras há muito Extintas .
No subsolo dos mares
desvendo o avesso do céu :
Meninos preparam pipas
usando a linha do horizonte_____
Sou todos os Eus dançando
a Roda ancestral do sono .
pelo planeta - Navio .
Noite estende lençóis ,
desliga a máquina do braço .
Anjos cubistas dançam
pelas esquinas do quarto ,
encontro olhos e ouvidos
de terras há muito Extintas .
No subsolo dos mares
desvendo o avesso do céu :
Meninos preparam pipas
usando a linha do horizonte_____
Sou todos os Eus dançando
a Roda ancestral do sono .
domingo, 11 de novembro de 2012
Soneto Inglês , n. 16( Fluminense F.C.)
É tempo de Sarrabulho
na cidade dos homens :
Novembro deu nos asfaltos
reizado nas Laranjeiras ,
deu Fluminense , de Novo .
No botequim do parnaso
Castilho chora de alívio
junto do grande Nelson
e do super Ézio ,
mais moço dos anjos .
Aqui na Terra tem Bola ,
como lembrou seu Buarque :
O rádio o vídeo o Planeta
contaram o Tetra direito .
na cidade dos homens :
Novembro deu nos asfaltos
reizado nas Laranjeiras ,
deu Fluminense , de Novo .
No botequim do parnaso
Castilho chora de alívio
junto do grande Nelson
e do super Ézio ,
mais moço dos anjos .
Aqui na Terra tem Bola ,
como lembrou seu Buarque :
O rádio o vídeo o Planeta
contaram o Tetra direito .
sábado, 10 de novembro de 2012
Soneto Inglês , n. 8( Para o Maurício Einhorn , no seu aniversário )
As quase - pessoas
diferem Muito das pessoas - Aves .
Certamente inda respiram melhor
do que as Não - pessoas_______
estranha cruza de carne e sangue
com graxa e partes de ferro .
São os "técnicos" , os "burocratas" .
E se alimentam de gente .
Mas o perigo Maior
são mesmo as quase - pessoas ,
com pele e voz de cordeiro .
E quase parecem Gente .
Diferem Muito das pessoas - Aves .
Que somos eu , você , mais alguns .
diferem Muito das pessoas - Aves .
Certamente inda respiram melhor
do que as Não - pessoas_______
estranha cruza de carne e sangue
com graxa e partes de ferro .
São os "técnicos" , os "burocratas" .
E se alimentam de gente .
Mas o perigo Maior
são mesmo as quase - pessoas ,
com pele e voz de cordeiro .
E quase parecem Gente .
Diferem Muito das pessoas - Aves .
Que somos eu , você , mais alguns .
Flavianá( Soneto Inglês , n. 12 - Para Flávia Muniz , co - autora )
Puxa a linha do Equador ,
amarra - a no coração :
__Ver se o novelo do mundo
não desenrola ....
Procura por sinos brancos
nas cidades de nuvens ,
garimpa estrelas - Crianças ,
são teus olhos de Jade ....
Ensina outra vez : O tempo
não dança de ontem nem hoje ,
só quem bebe esta Água
garoará de Amanhãs_____
E plantes na eternidade
rio imenso , de Sempres .
amarra - a no coração :
__Ver se o novelo do mundo
não desenrola ....
Procura por sinos brancos
nas cidades de nuvens ,
garimpa estrelas - Crianças ,
são teus olhos de Jade ....
Ensina outra vez : O tempo
não dança de ontem nem hoje ,
só quem bebe esta Água
garoará de Amanhãs_____
E plantes na eternidade
rio imenso , de Sempres .
Urubupungá
Ai malestança , pajé
que malestar de Arrupio
essa soleira mais mundéu de Solanca
sem jeito nem Macambira .....
Nesse estirão dez sertões
teco d'água tem Não
meus zabelês parecis
andam curtindo Seco ....
Esse urubu vem Pungá
pra riba mêrmo da gente______
só de butuca esperando
a gente arreie os couro distroncho
no chão da treva sivirina Morte .....
que malestar de Arrupio
essa soleira mais mundéu de Solanca
sem jeito nem Macambira .....
Nesse estirão dez sertões
teco d'água tem Não
meus zabelês parecis
andam curtindo Seco ....
Esse urubu vem Pungá
pra riba mêrmo da gente______
só de butuca esperando
a gente arreie os couro distroncho
no chão da treva sivirina Morte .....
Soneto Inglês , n. 14
Arpoador . Tarde seis horas
meus caximbís - orixás
cambindam pernas pra Longe ,
E a gente veste Dezembro ....
Lonjura do asfalto quente
onde grolós de pessoas :
Amarfanhando nos carros
catatau dos Infernos
A gente veste Dezembro
e o rubro - Fogo da tarde
agradecia se mais olhos
pousassem no chão das aves_____
Menos ferrões - Irecês
e mais erês - Passarinhos .
meus caximbís - orixás
cambindam pernas pra Longe ,
E a gente veste Dezembro ....
Lonjura do asfalto quente
onde grolós de pessoas :
Amarfanhando nos carros
catatau dos Infernos
A gente veste Dezembro
e o rubro - Fogo da tarde
agradecia se mais olhos
pousassem no chão das aves_____
Menos ferrões - Irecês
e mais erês - Passarinhos .
Soneto Inglês , n. 15
Depois que o Verbo Divino
guardar as vestes de Hóspede_____
a sinfonia dos Tempos
chega ao final da ladeira .
Um céu de medo e de zinco
recolhe dos horizontes
tons de rubro da tarde ,
pifes rugem na sombra
seus últimos assobios .
Fechada a estátua da Infância
aos olhos do público
o descatembre é Final_____
cabeças de Josefs K .
entopem os fossos do Abismo .
guardar as vestes de Hóspede_____
a sinfonia dos Tempos
chega ao final da ladeira .
Um céu de medo e de zinco
recolhe dos horizontes
tons de rubro da tarde ,
pifes rugem na sombra
seus últimos assobios .
Fechada a estátua da Infância
aos olhos do público
o descatembre é Final_____
cabeças de Josefs K .
entopem os fossos do Abismo .
Nauseaglútino
Nauseaglútino
Entonces :
diante de um mundo Incomunicável
ter esperança é Fita ,
charme - Açú brocoió ,
malestandarte de otário
Deitado sobre o horizonte
espero o trem que me amasse ,
mingau de sangue ordinário . Não tem roseira nem vela
que me desfaça esse Asfalto
que trago no peito feito gerúndio vomitado a Metro
pelos call-centers
da cidadela Intragável ....
Entonces , tossontes , brontes
pigarrelhanças de intentonárias
mais caraças de Pirro :
Furdunço do capiroto
esse mundão de Escangalho .
diante de um mundo Incomunicável
ter esperança é Fita ,
charme - Açú brocoió ,
malestandarte de otário
Deitado sobre o horizonte
espero o trem que me amasse ,
mingau de sangue ordinário . Não tem roseira nem vela
que me desfaça esse Asfalto
que trago no peito feito gerúndio vomitado a Metro
pelos call-centers
da cidadela Intragável ....
Entonces , tossontes , brontes
pigarrelhanças de intentonárias
mais caraças de Pirro :
Furdunço do capiroto
esse mundão de Escangalho .
terça-feira, 18 de setembro de 2012
domingo, 9 de setembro de 2012
Delírio tropical
Caminhar no verão ao meio-dia:
suor pinga e o Sol me desafia
Febril, sempre penso
Haverá um tempo em que mulher
vai poder tirar camisa?
suor pinga e o Sol me desafia
Febril, sempre penso
Haverá um tempo em que mulher
vai poder tirar camisa?
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
labirinto
migalhas de pão e nenhum passarinho para ciscar
queijo manteiga café leite sofá
o celacanto nem pia mas deveria cantar
manhã silêncio buzina e nada para rimar
há tempo...
o minotauro só chega para o jantar
migalhas de pão e nenhum passarinho para ciscar
queijo manteiga café leite sofá
o celacanto nem pia mas deveria cantar
manhã silêncio buzina e nada para rimar
há tempo...
o minotauro só chega para o jantar
quinta-feira, 24 de maio de 2012
sábado, 28 de abril de 2012
Estudo Náuseo
E tudo Tudo________
trança desconchavada ,
falta de Erês , Passarinhos
essa mazomba
de encardistância
no afôgo à Forca
onde alguns teimam ver Flor :
A vida_______Pássara , Pressa
madrastamência
de escalavrância
assim futunda ,
Fidida .
trança desconchavada ,
falta de Erês , Passarinhos
essa mazomba
de encardistância
no afôgo à Forca
onde alguns teimam ver Flor :
A vida_______Pássara , Pressa
madrastamência
de escalavrância
assim futunda ,
Fidida .
Açougue Ceuta , 1940
À porta do açougue Ceuta .
Acém tá caro , e roncolho .
E , mesmo bão , mirimbico .
Falar no mosqueiro é fácil :
tão num zunzúrio
que a gente lembra o ditado ,
passa a tranca na boca .
Carne ali passa longe
das bocas da babilônia_______
acém tá caro , difícil
roncolho
pra todo mundo .
Mais tarde os braços da noite .
Açougue fecha , o português
leva os bigodes , as chaves .
Leva um tanto das moscas .
A fome fica , Senhora_______
das bocas da babilônia .
Acém tá caro , e roncolho .
E , mesmo bão , mirimbico .
Falar no mosqueiro é fácil :
tão num zunzúrio
que a gente lembra o ditado ,
passa a tranca na boca .
Carne ali passa longe
das bocas da babilônia_______
acém tá caro , difícil
roncolho
pra todo mundo .
Mais tarde os braços da noite .
Açougue fecha , o português
leva os bigodes , as chaves .
Leva um tanto das moscas .
A fome fica , Senhora_______
das bocas da babilônia .
Inventário
Manhã , no quintal dos outros .
Aqui meus serões costurando noites
numa mortalha comprida .
Há pelo menos dez anos
que morro , bebendo leite de lata
das encruzilhadas , pensando coxas e seios
que NUNCA me viram nu .
Já fui de tudo , fumaça negra dos carros
e cocô de cabrito ,
toquei viola e zabumba
pra maluco dançar ,
fui papagaio de "apóstolos"
catando a vida em Gramacho .
Desaprendi passarinhos ,
hoje faz ponto num canto
necessário urubu . Segue o Seco
em desabar catedrais .
Aqui meus serões costurando noites
numa mortalha comprida .
Há pelo menos dez anos
que morro , bebendo leite de lata
das encruzilhadas , pensando coxas e seios
que NUNCA me viram nu .
Já fui de tudo , fumaça negra dos carros
e cocô de cabrito ,
toquei viola e zabumba
pra maluco dançar ,
fui papagaio de "apóstolos"
catando a vida em Gramacho .
Desaprendi passarinhos ,
hoje faz ponto num canto
necessário urubu . Segue o Seco
em desabar catedrais .
Outra Canção Amiga
Eu também preparo
uma canção não-modesta
em que eu mereça minha mãe
se reconheçam as flores
e abra os olhos de muitos
Andando muitos países
busque as árvores de Maio
acorde as cores do Outono
e sejam verde-Esperança
que nossas vidas-Semente
brotem no cinza das coisas
das horas-Pressa , e da vida
mostrem aos ombros curvados
o chão dos pássaros , Todos
Eu preparo canção
que seja mais que apenas sentimento
e nela durmam todas as Infâncias .
uma canção não-modesta
em que eu mereça minha mãe
se reconheçam as flores
e abra os olhos de muitos
Andando muitos países
busque as árvores de Maio
acorde as cores do Outono
e sejam verde-Esperança
que nossas vidas-Semente
brotem no cinza das coisas
das horas-Pressa , e da vida
mostrem aos ombros curvados
o chão dos pássaros , Todos
Eu preparo canção
que seja mais que apenas sentimento
e nela durmam todas as Infâncias .
domingo, 1 de abril de 2012
PROJETO FORA DE ÁREA

O QUE É? Um projeto de poesia em dois momentos: Oficinas e Interferências.
_Oficina de Jogos Poéticos_ Encontros semanais de pesquisa e criação, combinando a leitura dos principais poetas brasileiros do século XX com atividades lúdicas, incentivando a criação.
_Interferências_ Ações bimestrais com o conteúdo produzido nas oficinas em forma de intervenção urbana e participação de artistas convidados integrando as diversas artes: poesia, música, vídeo, dança, performance e artes visuais.
COMO FUNCIONA?
Módulos bimestrais de oficinas às quintas-feiras de 18h30 às 20h30, na biblioteca do SESC Tijuca.
_Primeiro Módulo_ Modernismo e seus principais poetas: Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Morais.
QUEM FAZ? Luca Argel (rede Norte Comum), Bruno Borja e Lucia Helena Ramos (Farani53). Equipe de Produção: Julia Vommaro e Juliana Sá (Norte Comum). Co-realização: Sesc Rio. Parceria: Norte Comum e Farani Cinco Três.
Inscrições gratuitas pelo email: contatoforadearea@gmail.com
sábado, 17 de março de 2012
"JARDIM DE ALÁ"
A rua que dá no mar
A mesma que dá na lagoa
É nessa rua que eu tô!
A mesma que dá na lagoa
É nessa rua que eu tô!
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
a procura da poesia
"Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo."
e
não é o sonho essa coisa que adentra
feito um circo transcendental misturando
fogo, malabares, bailarinos e o palhaço
que ri da plateia e
quando se vive na fila de banco
não é o homem contando as notas
ambiciosas que mal cabem na palma da mão
sobre a tela com notícias de minas
e não é minas a terra de ferro vermelha
de águas e vales infinitos que tanto
fundem à vista as pistas de onde está
a chave, chave que abre qualquer cadeado,
chave-mestra, chave-ideia, chave-achada
não é essa coisa férrea
que cobre o texto como cobre o cobre o homem
firula a cintura e reboliça as entranhas
feito um sono longo que nem se lembra
de tanto sonho louco e mais e mais e mais
e
não é o sonho essa coisa que adentra?
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo."
e
não é o sonho essa coisa que adentra
feito um circo transcendental misturando
fogo, malabares, bailarinos e o palhaço
que ri da plateia e
quando se vive na fila de banco
não é o homem contando as notas
ambiciosas que mal cabem na palma da mão
sobre a tela com notícias de minas
e não é minas a terra de ferro vermelha
de águas e vales infinitos que tanto
fundem à vista as pistas de onde está
a chave, chave que abre qualquer cadeado,
chave-mestra, chave-ideia, chave-achada
não é essa coisa férrea
que cobre o texto como cobre o cobre o homem
firula a cintura e reboliça as entranhas
feito um sono longo que nem se lembra
de tanto sonho louco e mais e mais e mais
e
não é o sonho essa coisa que adentra?
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