* notas:
- O FARANI CINCO TRÊS surgiu através da oficina orientada pelo poeta Chacal, na Biblioteca de Botafogo. Parceria da SMC RJ. Iniciada em Abril de 2011.
- O FARANI CINCO TRÊS surgiu através da oficina orientada pelo poeta Chacal, na Biblioteca de Botafogo. Parceria da SMC RJ. Iniciada em Abril de 2011.
- O Farani Cinco Tres participa do projeto FORA DE ÁREA, em parceria com a rede NORTE COMUM, e realização do SESC Rio! As oficinas de jogos poéticos do FORA DE ÁREA acontecem todas as quintas feiras, às 18h30. Na biblioteca do SESC TIJUCA. É de graça, é só chegar. Recomeça em abril de 2013. É só chegar!
- FARANIS livros!
- O próximo CEP20000 será na última semana do mês. No Espaço Sérgio Porto [Rua Humaitá, 163 / fundos – 2535 3846]. Sob a coordenação do poeta Chacal, poesia, música, cinema e muito mais. Só vendo, indo, vivendo. O FARANI CINCO TRES também está por lá!
- FARANIS livros!
#JOSE HENRIQUE CALAZANS relançou seu livro, em versão ampliada - com poemas novos: QUEM VAI LER ESSA MERDA? no Sarará, o sarau, que acontece no Spa Cultural PAz, no Catete, dia 12 de outubro - das crianças!
#ALICE SOUTO lançou seu fanzine POESIA AUTO-SUSTENTÁVEL, em versão bilingue, na FLIP2012 em Paraty.
#FELIZPE FRUTOSE lançou seu FRUTA AFRODISIACA (amostra grátis) no dia 23 de março de 2012! lançamento virtual já com mais de 500 visualizações! PARABÉNS, FELIZPE! Para ler, CLIQue aQui!
#FELIZPE FRUTOSE lançou seu FRUTA AFRODISIACA (amostra grátis) no dia 23 de março de 2012! lançamento virtual já com mais de 500 visualizações! PARABÉNS, FELIZPE! Para ler, CLIQue aQui!
#SILVIA CASTRO lançou o seu PRIMEIRO, em dezembro de 2011, também online. Quer ler? CliQue AQui!
#CESAR GOMES lançou também o seu Livro 22, em novembro de 2011, que pode ser lido AQui!
#ANA SCHLIMOVICH também lançou o seu ANAFENIX, em dezembro de 2011! poemas e fotos de las anas: AqUi!
#CESAR GOMES lançou também o seu Livro 22, em novembro de 2011, que pode ser lido AQui!
#ANA SCHLIMOVICH também lançou o seu ANAFENIX, em dezembro de 2011! poemas e fotos de las anas: AqUi!
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Drummond erótico ganha releitura no RJ
Performance poética chamada “Baixo Drummond” será apresentada no CEP 20000
A partir do próximo mês, o Brasil começa a celebrar o centenário de Carlos Drummond de Andrade, nascido em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902.
Entre tantas homenagens, o grupo carioca de poesia e performance “FaraniCincoTrês”, criado pelo poeta Chacal, optou por uma ousada releitura do livro póstumo “Amor Natural”. São poemas eróticos, voltados para o amor carnal e a celebração do corpo da mulher amada.
O recital que recebe o nome de “Baixo Drummond” estréia no próximo dia 26, quarta-feira, no CEP 20.000, Teatro Sérgio Porto, no Humaitá, às 21 horas. O grupo “Farani” apresentará poemas autorais baseados na obra drummondiana. Mas pelo menos dois poemas de CDA serão lidos na perfomance: “Cabaré Mineiro”, por Chacal; e “A bunda, que engraçada”, por Luis Turiba.
Boca
Boca: nunca beijarei.
Boca de outro, que ris de mim,
No milímetro que nos separa,
... Cabem todos os abismos.
[Drummond]
Boca: Batom
Dentes
Brancos lábios
Vermelhas portas
de entrada
Para um Outro
Universo
__Pessoa
_____Lugar
_______Acesso
Boca: que fala mas não ouço
Só vejo, intuo a língua
a brincar de esconde
No abre e fecha
Da umidade rosa
[vejo-te rosa,
dizem vermelha, mas és rosa]
Que aguça a gula
Paladar e tato
Desejo do gosto
Do gozo
Beijo: Como será?
Lento, apressado
Intrometido, abusado?
Curioso, o medo o retém.
Impotente, em regime e dieta,
Sem raiva.
Guarda em sonho
O beijo que não beijei.
Beijarei?
Boca de outro, que ris de mim,
No milímetro que nos separa,
... Cabem todos os abismos.
[Drummond]
Boca: Batom
Dentes
Brancos lábios
Vermelhas portas
de entrada
Para um Outro
Universo
__Pessoa
_____Lugar
_______Acesso
Boca: que fala mas não ouço
Só vejo, intuo a língua
a brincar de esconde
No abre e fecha
Da umidade rosa
[vejo-te rosa,
dizem vermelha, mas és rosa]
Que aguça a gula
Paladar e tato
Desejo do gosto
Do gozo
Beijo: Como será?
Lento, apressado
Intrometido, abusado?
Curioso, o medo o retém.
Impotente, em regime e dieta,
Sem raiva.
Guarda em sonho
O beijo que não beijei.
Beijarei?
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Amor natural
Poucas coisas nesse mundo superam a delícia de, ainda dormindo,
sentir o membro do homem amado já acordado.
Sem abrir os olhos, entregar o corpo sonolento
ao comando de seu desejo badalando as 12 horas.
Então, o que era botão abre-se em flor.
E deste sonho de vai-e-vem sonâmbulo,
desperto num gozo doce de bom dia.
sentir o membro do homem amado já acordado.
Sem abrir os olhos, entregar o corpo sonolento
ao comando de seu desejo badalando as 12 horas.
Então, o que era botão abre-se em flor.
E deste sonho de vai-e-vem sonâmbulo,
desperto num gozo doce de bom dia.
domingo, 23 de outubro de 2011
Exorcismo
Vaza capeta!
Chega desses toques macabros
que me quebram as pernas
os dois braços, juntos
e me deitam
Tire de mim esses lábios carnudos
que absorvem meu êxtase
lambem meus órgãos
chupam minha alma
Para demônio!
Desgruda do meu corpo
esse prazer mascarado
esta me matando aos poucos
Se não fosse o sofrimento
que me espanca quando fico em pé
me deixaria devorar
nesse ritual inesgotável
que se intensifica
por culpa desse pacto
de adiar o gozo
até transcender
Me erra, senhor das trevas!
os delírios horizontais
eu vou pagar com a vida
você se transformou em minha heroína
Que me salve esse poema
que essas letras digitadas
conjurem para que seus talentos de galante
não mais me alcancem
Vaza capeta!
O elixir do meu ser
você já tem
que mais você quer?
Chega desses toques macabros
que me quebram as pernas
os dois braços, juntos
e me deitam
Tire de mim esses lábios carnudos
que absorvem meu êxtase
lambem meus órgãos
chupam minha alma
Para demônio!
Desgruda do meu corpo
esse prazer mascarado
esta me matando aos poucos
Se não fosse o sofrimento
que me espanca quando fico em pé
me deixaria devorar
nesse ritual inesgotável
que se intensifica
por culpa desse pacto
de adiar o gozo
até transcender
Me erra, senhor das trevas!
os delírios horizontais
eu vou pagar com a vida
você se transformou em minha heroína
Que me salve esse poema
que essas letras digitadas
conjurem para que seus talentos de galante
não mais me alcancem
Vaza capeta!
O elixir do meu ser
você já tem
que mais você quer?
sábado, 22 de outubro de 2011
Drummoniando
Um carro passando,
a luz de um poste qualquer,
qualquer coisa longe
Um moço indo
ereto, olhos à frente,
onde mal se enxerga
O sol que saiu
O sal que sobrou
O mar que sorri
igual todo dia que vai
lá fora, enquanto aqui
se fode, com vagar...
Eta vida boa, meu Deus.
a luz de um poste qualquer,
qualquer coisa longe
Um moço indo
ereto, olhos à frente,
onde mal se enxerga
O sol que saiu
O sal que sobrou
O mar que sorri
igual todo dia que vai
lá fora, enquanto aqui
se fode, com vagar...
Eta vida boa, meu Deus.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
drummond de conchinha
por baixo das colchas vivia um desejo
um desejo capaz de embarcar o mundo
por baixo das colchas vivia um mundo
e todo desejo que ali cabia
– coxas, gemidos, taras –
era mais
muito mais
que qualquer colcha
que qualquer mundo
um desejo capaz de embarcar o mundo
por baixo das colchas vivia um mundo
e todo desejo que ali cabia
– coxas, gemidos, taras –
era mais
muito mais
que qualquer colcha
que qualquer mundo
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
A atriz
O lugar é escuro e estreito
As mesas, poucas, ocupam os cantos
do que parece ser um longo corredor.
Na pequena pista estroboscópica ,
A imperatriz acena
Com um punhado de gestos picotados
Meio xacaxaca na butchaca, Shaft!
a cena, acende o poeta.
Opalescente bum
Incandescente bum
Pluribunda unibunda
É ela a atriz!
Bunda maga e plural, bunda alem do irreal
Concentra a música incessante
Do girabundo cósmico.
Vai seguindo e cantando e envolvendo de espasmo
o arco do triunfo, a ponte de suspiros
a torre de suicídio, a morte do Arpoador
bunditálix, bundífoda
bundamor, bundamor, bundamor, bundamor.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
AMAR
"que pode uma criatura, senão
entre criaturas, amar?
Amar e esquecer,
amar e malamar
amar, desamar, amar
sempre, e até de olhos vidrados,
amar"
CDA, Amar do livro Claro Enigma
entre criaturas, amar?
Amar e esquecer,
amar e malamar
amar, desamar, amar
sempre, e até de olhos vidrados,
amar"
CDA, Amar do livro Claro Enigma
sábado, 15 de outubro de 2011
Casa da Cachaça
Na esquina da Mem de Sá,
a última ponta, o último gole no gengibre, a última ronda
Olhos vermelhos caçam
Bocas vermelhas querem
Nem sempre se encontram: já é sábado.
a última ponta, o último gole no gengibre, a última ronda
Olhos vermelhos caçam
Bocas vermelhas querem
Nem sempre se encontram: já é sábado.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Um RIO de Sustos Clama por Choque de Realidade
Luis Turiba
E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, a rua alagou, o bonde virou, a juíza morreu, o restaurante explodiu.
E agora, José, você que sofreu, você que pagou, você que explodiu, o que será do Rio? Quando pensamos que chegamos ao fim do bueiro, ou melhor, do poço, vem algo pior e quase inacreditável. Depois que um comandante da PM urde, trama e arma sua horda o silêncio da justiça, assinando uma juíza do bem em plena luz do dia, o que mais podemos esperar de uma cidade que não consegue mais disfarçar sua crueldade-jardim?
Sim, José! O Rio de Janeiro está gravemente enfermo. Está na UTI da civilidade e da razão. Precisa mesmo tomar um choque de realidade e verdade. De vergonha e de dignidade. Abre o olho prefeito. Olha a nau, Cabral. Na subida do morro me contaram: há algo de fedido e muito pobre no reino da poluída Guanabara.
Como fazer uma Copa do Mundo sem abolir a Lei de Gérson? Quem paga o pato? Quem solta o bicho? Quem ganha no grito? Quem é mais esperto? O secretário que culpa o motorneiro do bonde ou o dono do gás explosivo que se hospitaliza para fugir do flagrante. Também quero o meu Nike. UPPs de TPM. Que recorde vamos bater nas Olimpíadas de 2016? O de desmandos, de corrupções, de desmantelos?
Chega de basta, José?
Ou restaura-se o mínimo de lógica, ou explodiremos todos no sol dos sem sentidos na Praça Tiradentes, no Corcovado, no Pão de Açúcar, no Maracanã, no Sambódromo, no Theatro Municipal.
E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, a rua alagou, o bonde virou, a juíza morreu, o restaurante explodiu.
E agora, José, você que sofreu, você que pagou, você que explodiu, o que será do Rio? Quando pensamos que chegamos ao fim do bueiro, ou melhor, do poço, vem algo pior e quase inacreditável. Depois que um comandante da PM urde, trama e arma sua horda o silêncio da justiça, assinando uma juíza do bem em plena luz do dia, o que mais podemos esperar de uma cidade que não consegue mais disfarçar sua crueldade-jardim?
Sim, José! O Rio de Janeiro está gravemente enfermo. Está na UTI da civilidade e da razão. Precisa mesmo tomar um choque de realidade e verdade. De vergonha e de dignidade. Abre o olho prefeito. Olha a nau, Cabral. Na subida do morro me contaram: há algo de fedido e muito pobre no reino da poluída Guanabara.
Como fazer uma Copa do Mundo sem abolir a Lei de Gérson? Quem paga o pato? Quem solta o bicho? Quem ganha no grito? Quem é mais esperto? O secretário que culpa o motorneiro do bonde ou o dono do gás explosivo que se hospitaliza para fugir do flagrante. Também quero o meu Nike. UPPs de TPM. Que recorde vamos bater nas Olimpíadas de 2016? O de desmandos, de corrupções, de desmantelos?
Chega de basta, José?
Ou restaura-se o mínimo de lógica, ou explodiremos todos no sol dos sem sentidos na Praça Tiradentes, no Corcovado, no Pão de Açúcar, no Maracanã, no Sambódromo, no Theatro Municipal.
sábado, 8 de outubro de 2011
Rua-Rio-Banco
Na Cinelândia
Na Carioca
Mais um artista de rua
... Pelé desde criança
Mata todas no peito
Chuta tudo pro alto
E equilibra
a vida
na testa
Rio Maravilha!
Senta o pau na UPP!
7 de Setembro
Ouvidor
Candelária
Descendo a Rio Branco em contramão
Rumo ao mar
Desaguar no porto
Despejado do povo
Expropriado do lar
Pereira Passos vive!
Rio Maravilha!
Senta o pau na UPP!
Porto Maravilha!
Faz mais um pra gente ver!
Na Carioca
Mais um artista de rua
... Pelé desde criança
Mata todas no peito
Chuta tudo pro alto
E equilibra
a vida
na testa
Rio Maravilha!
Senta o pau na UPP!
7 de Setembro
Ouvidor
Candelária
Descendo a Rio Branco em contramão
Rumo ao mar
Desaguar no porto
Despejado do povo
Expropriado do lar
Pereira Passos vive!
Rio Maravilha!
Senta o pau na UPP!
Porto Maravilha!
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