Olhos de andaime,
Pupilas de luva,
Jugular de cimento,
Um salto em alto equilíbrio,
Coração descompassado,
A lua no caroço,
As mãos são cegas,
Mundo, imperfeita bola.
No umbigo torto do universo
Suspenso por silhuetas de nuvens
Como as asas que só existem nos mapas,
Como um relâmpago se faiscasse,
Como dois sóis estilhaçando, um por de trás do outro.
Dois sóis perdidos na mais pura geometria das tardes.
2 comentários:
vc sabe q sou fã do azul. mas gosto especialmente como sempre parece o nascimento de um universo.
augusto, bom texto. amarrado, enxuto
dentro da miríade de imagens. um surreal contido, esse oxímoro. ch.
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